Jovens lutam pelo nosso futuro
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09 Agosto 2019

Jovens lutam pelo nosso futuro

Jovens lutam pelo nosso futuro
“I was thinking about what a friend had said I was hoping it was a lie”
(...)
“They were flying Mother Nature’s silver seed to a new home in the sun”
                                                                                          Neil Young, After the gold rush, 1970

Hoje sabemos que não temos muito tempo, mas ainda há esperança. No entanto, essa esperança não veio de governos nem de grandes empresas. A esperança continua a ser encontrada nas pessoas que se recusam a aceitar o fim, a poluição e a pobreza. Pessoas que tomaram uma posição, que se manifestaram, insurgiram e forçaram governos a alterar legislações. Estas pessoas passaram a mensagem para que ninguém continuasse ignorante e todos pudéssemos contribuir.


Quando foi feita a primeira manifestação em 1970, a ciência não conseguia ter a certeza se era um aquecimento ou um arrefecimento global, mas tinha-se a certeza que utilizar a atmosfera como um imenso caixote de lixo teria consequências muito graves.


Atualmente assistimos às maiores manifestações sobre alterações climáticas. Tudo começou com Greta Thunberg, uma rapariga sueca que se recusou a ir às aulas e se sentou em frente ao parlamento sueco à espera que algo fosse feito. Greta nunca pensou que tantas pessoas se juntassem a ela, não só suecos, mas pessoas vindas de todo o mundo.



Greta inspirou-se nos estudantes de Parkland nos Estados Unidos que criaram a March for our lives (Marcha Pelas Nossas Vidas) em Virgínia. Agora, todas as sextas-feiras Greta senta-se em frente ao parlamento com mais ativistas que lutam pelo seu futuro. Fridays for Future (sextas-feiras pelo futuro) tornou-se uma tendência.



A Alemanha seguiu o exemplo com Luisa Neubauer a organizar as Fridays for Future em Berlim. Agora, mais de 350 cidades alemãs fazem parte do movimento.


UKSCN é outro grupo de jovens que se juntaram ao movimento Fridays for Future. Têm Londres como base mas recebem mensagens de muitos outros pontos do país, de jovens que querem participar.
É maravilhoso ver estes alunos a relembrarem os adultos de como se luta pelos seus direitos. Na sua primeira greve inglesa 15 000 pessoas participaram, 5 000 só em Londres. Magia.


Todos estes grupos conseguiram comunicar facilmente com a ajuda da internet. As redes sociais possibilitaram a que o movimento se tornasse muito maior!


Foi assim que entraram em contacto com o Youth for Climate, outro grupo de jovens ativistas pelo clima, iniciado por Anuna De Wever na Bélgica. Anuna tem 17 anos e não tem qualquer problema em falar com políticos e responsabilizá-los pelas promessas que fazem.


O culminar destas manifestações e da interação destes jovens deu-se no dia 24 de maio de 2019, o dia em que alunos de países por todo o mundo aderiram a uma greve pelo clima. 1.6 milhões de pessoas, de 125 países em mais de 2000 localidades, fizeram parte deste movimento. Foi com orgulho que vimos os nossos estudantes a marchar pelas ruas portuguesas, e esperamos juntar-nos a eles na sua próxima demanda. Se também ficaram inspirados e cheios de vontade de fazer parte do movimento português podem encontrar aqui, informações sobre os próximos encontros, marchas e manifestações pelo clima.


Muitos políticos são contra as greves nas escolas, argumentando que as crianças e os jovens não entendem as implicações económicas das medidas pelas quais lutam. Em resposta a esses ataques vários cientistas insurgiram-se defendendo as manifestações, e, argumentando que os alunos estão de facto corretos e deviam ser apoiados!


A verdade inconveniente de Al Gore, que muitos achavam sensacionalista já foi provada. Desastres Naturais, falta de água, temperaturas a aumentar por todo o mundo. É tempo de agir, de reduzirmos o nosso impacto e de exigirmos a redução de emissões de CO2 do nosso país, e do nossa Mundo. Está na altura de usarmos o nosso privilégio. Não basta comer comida orgânica e usar palhinhas de alumínio. Lutar é imperativo para que consigamos preservar a vida no planeta terra, pois a nossa existência depende das nossas ações nos próximos 11 anos.



“Instead of looking for hope, look for action, then and only then hope will come.”

                                                                                                                                   Greta Thunberg


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